quinta-feira, 26 de abril de 2012

"JOGO JOGADO, O RESTO É CHORO..."

"JOGO JOGADO, O RESTO É CHORO..."
Maricá tem novo Vereador: Claudio Ramos.  Chegou ao fim, ontem dia 25 de abril, imbroglio jurídico da cassação de mandato que levou o advogado Claudio de Mendonça Ramos da suplência à titularidade na Câmara Municipal de Maricá. Em votação unânime, novamente, o TRE deu provimento ao recurso do PDT, corrigiu o êrro na publicação anterior do D.O. e rejeitou sumáriamente o embargo do lado perdedor, não havendo mais qualquer ação que imponha efeito suspensivo na decisão do tribunal e, portanto, obrigando aquela Câmara a dar posse ao seu novo representante.
Visto assim, com um olhar inocente e sem se dar conta das agendas ocultas que movem os políticos, tudo parece indicar uma mera questão regimental de cumprimento de prazos para o ato de posse de Claudio Ramos. Entretanto, olhando com maior cuidado a movimentação que já se intensifica por baixo dos panos desses meses que antecedem novo pleito municipal, pode-se perceber que nem tudo é tão simples como parece e que dessa presidência da casa de leis maricaense qualquer absurdo pode advir.
Há pouca - para não dizer nenhuma - vontade do atual presidente da Câmara em abrir as portas da casa e receber um Vereador sem vícios, sem laços de comprometimento fora daqueles com a sociedade maricaense que o elegeu sem favorecimentos ou mensalinhos, coisa tão rara em Maricá que beira o ineditismo. Há, ainda, um certo, digamos, temor pelo incômodo que certamente Claudio Ramos trará para essa grande ação entre amigos que caracteriza a política maricaense. Afinal não se trata de mais uma voz claudicante (sem trocadilho, por favor) e sem qualquer brilho que irá ao púlpito; agora o quadro muda profundamente, pois o novo Edil costuma falar com a liberdade daqueles que nada devem, que não têm amarras a lhe prender a voz ou a lhe conduzir as mensagens e que, acima de tudo, tem a sede insaciável pela transparência, pela retidão, pela decência no trato da coisa pública que não mais se pode ver entre os políticos que aí estão. Mais até do que sua voz, sinto que as pedras em seu caminho irão se acumular pelo pavor de ter alguém que vá olhar de verdade para os contratos estranhos desse Executivo leniente e mau gestor que nada faz, pela certeza de que lidarão com questionamentos fundamentados em fatos e dados ao invés de loas de ficção, ver-se-ão diante de propostas vinculadas aos anseios da população e não às pretensões individuais de quem se vale do cargo para benefício próprio como de hábito ocorre nesse cenário político nacional, estadual ou municipal e, maior de todos os temores, precisarão caminhar com muito cuidado onde antes era um mero passeio no parque, pois que o novo ator chega de lupa em punho disposto a tudo examinar minuciosamente e ainda a informar os eleitores de suas ações e dos resultados encontrados.
É, há luz no fim do túnel e não parece ser ilusão: para aqueles que só chegam à vida pública para fins espúrios, é um trem de moralidade que vem para atropelar e aí, meus amigos, o melhor será mesmo andar na linha (agora com trocadilho mesmo) para não morrer nos trilhos... 

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