sexta-feira, 17 de junho de 2016

MIOPIA OU MÁ-FÉ? COM OS ROYALTIES, MARICÁ DEVERIA SER EXEMPLAR, MAS...


Em Agosto de 2014, um artigo provocava intensa polêmica entre os leitores e abria espaço para pensarmos melhor nossa Maricá.

Sob o título "Falta de visão...podia e devia estar muito melhor", criticávamos a sanha desenfreada do  eleitoreiro capeamento asfáltico das ruas internas do município sem qualquer preparo do solo para tal e, ainda, sem rede de captação das águas pluviais. No mesmo artigo discutíamos o porquê de não adotar o calçamento com paralelepípedos ou blocos cimentícios inter-travados como ocorre em diversas partes do mundo há séculos.

Hoje, quase dois anos mais tarde e tendo assistido outras tantas obras alinhadas com o calendário eleitoral e prioridade altamente discutível, vemos com imensa tristeza que vivenciamos os mesmos problemas de sempre - alguns bem maximizados aliás - e percebemos o quão negativas mostram-se as perspectivas a curto ou médio prazo diante das ações do delirante alcaide e sua quadrilheira legenda.

Há cerca de um ano mais ou menos, o megalômano fez publicar uma obra de ficção em que detalhava os embustes eleitoreiros paridos para ilustrar um novo conto do sonho colorido; algo comparável às peças daquele conhecido publicitário ora recolhido a um Spa presidiário.

Teleféricos, conexões hidroviárias através do complexo lagunar da cidade, um moderníssimo aeroporto internacional, malha instalada de VLT, uns tantos milhares de empregos em um terminal de petróleo - indesejado pela maioria, diga-se - e até mesmo um resort digno de Hollywood, cujo projeto jaz insepulto depois do escandaloso trem da alegria à Europa para negociar o jabá coletivo, foi contemplado na inacreditável viagem ao "maravilhoso mundo de Bob", como diria um hilário senador.

No mundo real em que se vive, entretanto, grassam os buracos naquele asfalto frio e fajuto deitado sobre o chão de terra batida, sobram as favelizações de áreas urbanas, multiplica-se o desrespeito ao zoneamento da cidade e/ou o conchavo para sua modificação, por encomenda, para benefício dos apaniguados, que já resultou na divisão de lotes residenciais unifamiliares em dois, três e até quatro partes, mas que depois uma "nobre" legislação limitou em "apenas" duas, como se isso já não fosse o suficiente para explodir qualquer planejamento urbano...

A lista é gigantesca. Até uma inédita mendicância, que Maricá desconhecia e disso orgulhava-se, passou a existir no município, além, é claro, da crescente aglomeração de drogados que se reúne regular e habitualmente na praça central sem que seja alvo de qualquer ação repressora.

Ah! Quase escapava! Agora já temos engarrafamento em nossas principais vias, a maioria fruto da brilhante mente responsável por (des)organizar o trânsito, dar novos sentidos às ruas, estruturar a rentável indústria de multas..., enfim, estabelecer um pouco de caos na outrora aprazível Maricá.

Longe de ser implicância com nomes em particular, por mais que sobrem motivos para nutri-la e faltem argumentos para defendê-los, o que motiva esse retorno ao tema é a imensa tristeza de constatar o quanto de tempo, de recursos humanos e materiais, de oportunidades e de - por que não - vocação nata de nossa cidade se perdeu sem que pudéssemos ver um real progresso.

Sim, real porquanto não  é possível ter nada sequer longinquamente próximo a progresso quando seu resultado não se traduz em melhoria da qualidade de vida da sociedade, quando não pode ser medido pelos índices universais de IDH, quando não se pode ver refletido no crescimento social da região, porque, mais uma vez é preciso repetir:
Maricá incha, mas não cresce. Só crescem nossas mazelas urbanas, nosso inconformismo com esse descaso, com essa leniência atávica das instituições e das autoridades diante de tudo, esse abandono total das prioridades e esse oportunismo político imutável que visa tão somente os próprios interêsses.

A tristeza é saber o quanto poderia ter sido feito com os royalties desde que houvesse o mínimo cuidado no uso dos recursos, houvesse planejamento criterioso, visão de cidade, de futuro, de bem-estar social, não fisiologismo político e um degradante populismo que visa manter a pobreza moral, intelectual e material sob controle para fins praticamente feudais.

Pela proximidade da Cidade do Rio de Janeiro, esse cartão postal do Brasil em que políticos de mesma laia revesam-se na sua destruição há décadas, desde a nefasta passagem do pelego gaúcho cujo nome não é digno de ser citado aqui, nossa belíssima (belezas naturais, a bem dizer) Maricá poderia e deveria assemelhar-se a uma Vinhedo, São Paulo, alcunhada de "Principado de Vinhedo", onde o cuidado e o esmêro no trato da coisa pública saltam aos olhos e fazem da cidade, igualmente a cerca de 60 quilômetros de uma gigantesca metrópole, um destino cobiçado para os mais altos executivos que ali decidem instalar suas famílias.

Será que um dia teremos um ciclo virtuoso nesse pedaço de terra tão abençoado pela natureza e tão negligenciado pelos homens?
 
Lembrem-se de cada grão de incúria, de cada pedra abandonada nos seus caminhos, de cada necessidade fundamental mal atendida (saúde, por exemplo), quando as mesmas figuras saírem da hibernação em que permanecem por mais de três anos e vierem cabular seus votos a troco de cervejas, churrascos, mentiras, tijolos e mais tantas quimeras; lembrem-se da efemeridade de tudo o que lhes dão nessa hora e pensem se o melhor não seria mudar de atitude e exigir outro comportamento de todos à sua volta...

O futuro?

Ah! Você precisa entender o quanto ele depende de suas atitudes e decisões no presente!

Pense. Pense de novo e melhor.

Seja consciente e responsável pelos seus atos, porque o futuro está mais em suas mãos do que você imagina.







quinta-feira, 2 de junho de 2016

ACABOU O FOSSO IDEOLÓGICO QUE SEPARAVA GOVERNO E FORÇAS ARMADAS





Diante da permanente desconstrução da verdade que a imprensa ainda cooptada insiste em promover, é preciso estabelecer parâmetros reais que possam conduzir a sociedade por meio de valores comprometidos com a realidade histórica e não com as descaradas mentiras petralhas - que tentam de todas as formas turvar e distorcer a verdade dos fatos - usadas para propagar seu ideário vermelho.
Assim, vamos descortinar fatos e dados e abrir os horizontes sem essa contaminação do discurso gramcista que insiste em reescrever a história à luz de seu anacronismo ideológico.
"A Constituição Federal (Art. 142) estabelece que as Forças Armadas (FA) são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e disciplina sob a autoridade suprema do presidente da República e se destinam à defesa da pátria, à garantia dos Poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
Hierarquia e disciplina são princípios essenciais, pois sem elas as FFAA se fracionariam em grupos rivais, perderiam o caráter nacional e a confiança de toda a nação e se tornariam uma ameaça à sociedade. No âmbito do marco legal, a troca de governo não afeta a subordinação das FFAA aos poderes da União, pois ela é institucional, não pessoal.

Além da defesa da pátria, a forças têm a missão de garantir os três Poderes constitucionais. Em uma eventual crise entre eles, as FFAA se subordinarão ao que estiver amparado no marco legal. O equilíbrio e a harmonia entre os Poderes da União são indispensáveis à normalidade democrática, pois em uma improvável falência simultânea dos três as FFAA ver-se-iam obrigadas a agir, por iniciativa, para manter a paz interna e evitar a guerra civil e a dissolução de Estado e Nação.
No Brasil, a ideologia socialista começou a se firmar com a criação do Partido Comunista Brasileiro (PCB), em 1922, filiado ao Partido Comunista da antiga URSS, ao qual se subordinou como exigiam as condições de filiação. A impatriótica submissão a país estrangeiro e à ideologia socialista antidemocrática incompatibilizou o PCB com as FFAA. Hoje, o PT (como pode ser visto no caderno de Teses de seu Congresso), os partidos aliados e suas lideranças são declaradamente socialistas, internacionalistas e filiados ao Foro de São Paulo, organização internacional que lidera a implantação desse regime na América Latina.

 
O socialismo, objetivo ainda não alcançado pelo PT, é um regime totalitário, com partido único ou hegemônico, impede a alternância de poder, não reconhece o direito de propriedade, centraliza os meios de produção e o planejamento econômico e elimina as liberdades fundamentais. Há uma total oposição aos ideais das FFAA, instituições conservadoras, mas não retrógradas e imobilistas.

Ao contrário do massificado pela propaganda socialista, o conservadorismo é progressista, mas quer o progresso com temperança e ao amparo da experiência, tradição, conhecimento e cultura anteriores, condições para uma evolução segura ao porvir.  As FFAA são instituições democráticas e não aceitam ideologias dogmáticas, implantadas por revoluções que desprezam o passado e, na busca de ilusórias utopias, eliminam a liberdade e abusam da violência.
O regime militar? Questionariam alguns. Era, sim, um regime de exceção, como reconheciam os presidentes militares, que sempre manifestaram o propósito de redemocratização. Autoritário, por limitar liberdades democráticas, mas não totalitário, que as eliminaria. A redemocratização uniu a nação e foi conduzida pelo próprio governo militar de forma gradual e sem retrocessos, após neutralizar a esquerda revolucionária que buscava implantar a ditadura socialista como as de Cuba e China, ainda hoje totalitárias.

Documentos dos governos petistas propõem ações para transformar nossa democracia em um regime socialista, sendo a imobilização das FFAA um objetivo intermediário, pois elas são um óbice a esse desígnio. Entre outras ações, podem ser listadas:
- controlar todos os setores da sociedade, inclusive a mídia, por meio de conselhos sociais, uma reedição tropical dos soviets da revolução bolchevista russa de 1917;

estabelecer a hegemonia do partido na sociedade, forma de controle prevista na estratégia gramcista e que antecede o assalto ao Estado e a imposição do socialismo;
- rever a Lei de Anistia para punir apenas os agentes do Estado que combateram a luta armada, a despeito dos pareceres da AGU e da PGR e da decisão do STF, em 2010, que confirmaram a abrangência ampla e geral da lei;

- modificar os currículos das academias militares e promover oficiais com compromisso democrático e nacionalista, ou seja, politizar e submeter as FFAA ao projeto petista, transformando-as, de instituições nacionais apartidárias, em braço armado do partido como as SA e SS - na Alemanha nazista - e as FFAA bolivarianas, na Venezuela.
A profissão das armas é serviço e servidão. Serviço à pátria, compromisso perene e exclusivo com a nação e as instituições e servidão à Constituição Federal, às leis e aos valores morais e profissionais que regem a carreira das armas. Serviço e servidão, que nunca serão a pessoas, partidos ou associações de qualquer natureza. Serviço e servidão que fazem da carreira militar um nobre sacerdócio cívico, com o compromisso de sacrificar a vida pela pátria e instituições, se necessário.

O militar brasileiro é patriota por vocação e respeita e admira a história, as tradições e os heróis nacionais. O patriotismo das FFAA inclui o nacionalismo, mas não o xenófobo de setores bisonhos nem o tacanho de viés antiamericano dos socialistas. O nacionalismo socialista é materialista, supervaloriza a economia, mas não cultua a pátria e os valores nacionais, pelo contrário, busca desacreditá-los. Para as FFAA, a unidade nacional é cláusula pétrea, por isso repudiam a luta de classes pregada pelos socialistas e a corrosiva campanha lulopetista de "nós contra eles".
A crise de valores e a corrupção, que assolam o país, estão disseminadas pela liderança política - independente do partido - e não começaram com o PT, embora tenham chegado a níveis desastrosos com sua ascensão ao poder e o uso da corrupção como política de governo. A falta de credibilidade na classe política gera dúvidas, justificáveis, se o novo governo pautará sua conduta por princípios éticos, morais e cívicos. Porém, ao contrário do governo afastado, o atual é democrata e organizado com representantes da esquerda e da direita situados no centro democrático. Assim, não existe fosso ideológico entre o atual governo e as FFAA."

Este texto, que aqui reproduzo, foi escrito por Luis Eduardo Rocha Paiva e, apesar de seu título, poderia intitular-se "A IDEOLOGIA DA VAGABUNDAGEM REMUNERADA FOI PARA O FOSSO" - como bem cunhou meu irmão João Guilherme - e seria ainda mais adequado.