domingo, 8 de fevereiro de 2015

NUNCA ANTES NA HISTÓRIA DESTE PAÍS...

Embora poucas semanas tenham passado desde o final de um ano que a rigor nem aconteceu e estejamos todos à beira de um ataque de nervos ao receber a segunda dose do mesmo veneno que nos vem asfixiando há doze anos com o mesmo princípio ativo - só que agora na versão genérica - a atmosfera já se mostra mais pútrida, fétida e contaminada do que nunca.

Antes mesmo que a fraquíssima memória nacional pudesse apagar os vestígios da mais infame campanha eleitoral de nossa história, a quase totalidade do discurso difamatório e ameaçador das intenções atribuídas à oposição surge sem pudores nos atos do governo e dá o tom exato das mentiras contumazes que compõem o DNA petista. 

Pouco importa a justeza ou necessidade de uma ou outra medida quando a questão é ética, é moral, é fundamentalmente de carácter, artigos extintos no almoxarifado oficial. Um olhar, ainda que sutil e sem preconceitos, nas nomeações publicadas causa ânsias de vômito; nem o mais esforçado dos idiotas seria capaz de cometer tantas sandices, de fazer piores escolhas ou de pintar com tintas mais sombrias as trevas que emergem dos currículos dos ungidos. As duas ou - vá lá - três exceções do pacote deverão sumir no mar de incompetência, improbidade e fisiologismo que as cercam. Há pouco ou nenhum espaço para mérito ou lucidez naquele séquito de Ali Baba...

Os quase oitenta milhões de eleitores que negaram a continuidade à quadrilha vermelha, devem sentir um certo alívio hoje; apesar das evidências de fraude do viciado processo eleitoral e da suspeitíssima conduta de seu condutor - aquele togado titulado por notória caneta em lugar de notório saber - sacramentarem a vitória da calúnia sobre a virtude, saber que não há como Pirro negar sua própria herança é delicioso.

Infelizmente a maior parte da população brasileira não consegue perceber as diferenças ideológicas que monopolizaram a disputa e não possui capacidades elementares para discernir o que seja o corolário comunista que se quer impor ao país com essa organização criminosa disfarçada de partido que ocupa o Palácio do Planalto. Falta informação livre e disseminada para a sociedade brasileira como um todo entender que ser de direita, ser um liberal, é ser a favor da economia de mercado, de liberdades civis, da democracia constitucional e do respeito ao direito à propriedade; são poucos os que têm consciência de que o pensamento conservador defende os mesmos princípios, a mesmíssima política, mas apenas o faz em nome de uma tradição judaico-cristã que pouco ou nada significa para os liberais de modo geral.

Assim, terminado o efeito da anestesia ministrada pela máquina da propaganda governamental nas semanas de vale-tudo - aquele período em que "êles não sabem do que somos capazes", quando "a gente faz o diabo para ganhar as eleições" - e chegada a hora de retornar às rotinas da realidade, a choldra se dá conta de que o garrote apertou e o lado mais áspero está no seu pescoço..., mas nem pode mugir muito porque já viu que a vaca está com tosse...

Claro que a conta será paga, majoritariamente, pela verdadeira classe média, aquela que trabalha cinco meses por ano para o governo e seus impostos sem retorno, sem chance alguma de mudar o cenário de caos. Claro, também, que esta será ainda mais amarga para aqueles que se acreditaram em nova classe social pela criativa e irresponsável ótica das estatísticas oficiais. Ah! A propaganda! Maravilhoso seria viver naquele mundo colorido em que tudo é perfeito, funciona e nos ampara... Pena que, após desligada a maquininha de sonhos e ilusões que a nossa televisão representa, a vida seja tão outra! Este é o preço da ignorância, o tributo da alienação que corrói um povo que vota com o umbigo.

Mais de década da pelegada no poder e o país está praticamente falido, parado no tempo, refém de seus próprios problemas e plantando novos com suas tresloucadas políticas recheadas de uma ideologia podre, caduca e comprovadamente ineficaz. Sem contar o que já veio à tona em forma de denúncias e escândalos, estamos diante da falência múltipla das instituições, da infra-estrutura, da economia, dos valores morais, da educação e da família. Só mesmo nossa dimensão continental evita o rótulo de mera republiqueta latino-americana, ainda que os últimos atos de nossa diplomacia envergonhe até as mais tradicionais destas. Não fôssemos mais de duzentos milhões e já teríamos perdido em definitivo nossa pálida soberania, mas o respeito internacional, ah!, esse já se foi há tempos...

Resta saber se poderemos dizer, em algum momento no futuro, que queremos mudar nosso destino e passar de "nunca antes na história deste país..." para um decidido NUNCA MAIS NESTE PAÍS e mostrar ao mundo quem somos de fato.