sábado, 1 de agosto de 2015

UTOPIA IDEOLÓGICA, A SEMENTE DO CAOS (capítulo 1)

Há muitos anos nosso Brasil debate problemas antigos, recorrentes e já completamente fora de pauta nos países civilizados. Calma, não estamos dizendo que a Belíndia não é civilizada! Até é, mas ainda apresenta tantos traços de incivilidade, tantas evidências de pouca seriedade no trato com a coisa pública ou na busca por soluções pelo que nos aflige no cotidiano, que não dá para ombrear com aquelas que de fato o são, na teoria e na prática. 

Ainda está em dúvida? Lhe aflige pensar que estamos no patamar das sub-civilizações africanas? Então, nobre leitor(a), comece a olhar mais atentamente aos sinais da utopia reinante nos palácios... Aliás, olhe mais ao largo, não só para os símbolos do poder instalado, mas as ramificações, os desdobramentos e conseqüências dessa ideologia arraigada ao passado que permeia todos e cada um de nossos passos nesse raso exercício de cidadania tosca da sociedade brasileira.

Qualquer que seja o ângulo do olhar, sempre haverá o desconfôrto das estatísticas oficiais dominadas por distorções impostas pela ideologia política reinante. Ah!, dirão alguns, lá vem o exagêro! É mesmo, está acreditando em excesso, em preciosismo na análise? Então vamos caminhar juntos, ponto a ponto, para ver se há razões para franzir o cenho ou tudo pode se resolver com sorrisos, afagos e churrascos às portas das próximas eleições, quaisquer que sejam elas.

Trabalhamos cerca de cinco meses por ano apenas para pagar impostos, embora tenhamos praticamente zero de contrapartida em serviços públicos básicos ou mesmo infra-estrutura urbana. 

Vivemos "protegidos" por muros, grades ou segurança privada, enquanto os bandidos - menores ou maiores - andam à solta por todos os lados e sempre com ONGs e advogados a postos para defendê-los da sociedade opressora que os levou a marginalizar-se... Querem de todas as formas nos imputar a culpa por isso, mas não há uma só política inclusiva para menores infratores ou uma ação formadora de ofícios para os apenados maiores. 

Sob a ótica canhestra das injustiças sociais, crescem as hordas criminosas de MST, MTST e outras siglas que abrigam os bandidos de apoio às ideologias de esquerda que recebem apoio governamental e verbas generosas para invadir, depredar, roubar e até matar, mas seguem livres; como terroristas que são, deviam temer a lei, mas o país - quer dizer, seus políticos - recusa-se a tipificar o crime de terrorismo, talvez para preservar boa parte da classe dirigente atual...

Debaixo de outras siglas, igualmente habitadas em grande parte por marginais e desqualificados de toda sorte, também residem mecanismos de proteção, compadrio, sinecuras e muito dinheiro suspeito, mas aí a sociedade é acionista do êrro. A bem da verdade é preciso ressaltar que, ao reunir mais de 70% da população nos números do analfabetismo, o país não poderia colher outro resultado. Analfabeto funcional, analfabeto, primeiro grau incompleto, primeiro grau completo, segundo grau incompleto, os nomes são muitos e o resultado o mesmo: atraso institucional, baixos índices de produtividade, serviços primitivos. O surpreendente é a leitura das estatísticas chapa branca que pintam a pátria com as cores da utopia na propaganda ideológica e na obediência ao decálogo gramsciano que nos é servido. Ainda faltam os grandes cartazes com a figura do líder maior, do mito santificado à semelhança dos pares pútridos que permanecem nas "democracias" signatárias do Fôro de São Paulo. 

Assim, enquanto os filhos entram e saem das escolas sem mudar seu estágio de conhecimento, sem poder sonhar em mudanças significativas que preparem seu amanhã, a estratégia de Gramsci carimba a ideologia de gênero na primeira escola, progride com a revisão da história que glorifica criminosos, ladrões e inúteis, solidificando a obra de desconstrução dos valores que deveriam balizar a sociedade. 

As exceções, poucas é fato, mas nem por isso menos dignas de registro, só reforçam a certeza de que o caminho virtuoso não depende de aumento de verbas ou revoluções dos métodos de ensino, apenas a aplicação correta, séria e constante de esforços auditados rotineiramente, meritocracia e qualificação dos professores, tudo com a participação efetiva da família no comprometimento com o resultado. A velha sala de aula, disciplinada, com ordem, respeito e deveres, resolve mais que as novas tão em sintonia com a linguagem deturpada do lulopetismo. Pena que nossa imprensa, tão cooptada, negue espaço para as notícias de real importância como o ouro olímpico dos atletas da matemática ou o salto de qualidade nos resultados daquelas pequenas escolas de interior que seguiram a cartilha do ensino ao invés da ideologia.

Temos um "programa assistencial" sem saídas, que apenas cresce em volume atendido na razão direta das eleições, mas não devolve o beneficiário para a cadeia produtiva nem prepara seus dependentes para um futuro melhor; ao contrário, torna-os herdeiros da perversa dependência, encurralados pelo destino pintado colorido por uma propaganda mentirosa que os escraviza. Distribuem-se peixes, mas a ninguém é dada uma vara de pescar...

Lembram-se dos muros e grades citados acima? Pois é, há outro cinturão a nos aprisionar em todas as cidades do país, ainda que em algumas isso seja mais visível que em outras. São os chamados "aglomerados sub-normais", neologismo criado pelas estatísticas - não é à toa que a ela nos referimos como a ciência do êrro - para denominar as favelas, as tais "comunidades carentes" ou AIS (Área de Interêsse Social) que proliferam sem dó por todos os lados. Ali, onde não há sinal de progresso humano, o profissional fardado se torna o novo Gerente daquele mesmo tráfico que antes aterrorizava o asfalto e a periferia acintosamente armado e que hoje age à sombra da ocupação policial insipiente, sem métodos investigativos que conduzam a resultados, reduzam a guerrilha urbana em que vivemos ou garantam o ir e vir em segurança. É uma pantomina gigantesca, um desperdício de dinheiro, vidas e esforços, que a nossa imprensa a soldo incensa sem pudor algum, sob os auspícios da utopia ideológica da esquerda caviar...

A culpa? Ora, a culpa é sempre das elites, dessa classe média fascista, opressora, que trabalha e gera emprêgos, que paga sobre o lucro presumido antes de produzir e deve queixar-se ao bispo se quebrar; a culpa é do capital, esse vilão maior do capitalismo selvagem. 

O curioso é ver que nenhum dos arautos do paraíso terrestre explica o que virá substituir a vil moeda. Será a volta ao escambo? Talvez seja mesmo essa a visão da corja, visto que os bilhões que rolam nos propinodutos e distribuem pixulecos aos novos ricos companheiros vêm todos em troca de favores, consultorias fantasma e outras firulas de quem odeia trabalhar, mas adora luxos e benesses. Não por acaso os ditadores e déspotas idolatrados acumulam a riqueza infame que o regime insiste em dividir quando sacado de quem produz, mas recusa-se a socializar o que leva naquela operação que jura ser legal por mais imoral que seja. 

Começou a coçar a cabeça? Sente aquela pulga atrás da orelha? Relaxe, estamos apenas no começo, é só o primeiro capítulo, a saga é longa e a lista vai deixar seus cabelos em pé por muito tempo. Provavelmente sua vontade de sair às ruas no dia 16 de agosto irá aumentar tanto que será difícil resistir..., mas é isso mesmo que desejamos para você: inquiete-se, grite, reclame, aprume suas atitudes cotidianas e exija um mínimo de moral, bons costumes e compostura ao seu redor. Você vai se surpreender com o resultado!


quinta-feira, 9 de julho de 2015

A CRISE PERTENCE À SOCIEDADE, A CRISE É DE VALORES

As linhas que pretendíamos escrever já o foram há algum tempo de forma indiscutível, irretocável e absolutamente a salvo de senões.

Sua autora, a Aspirante Carla Andrade, integrou a Primeira Turma Feminina da Escola Naval e sentiu a dimensão do vazio que seu ineditismo provocou na grande mídia do país. Percebeu a profundidade da tragédia social brasileira ao olhar a fotografia que registrava aquele momento e a solidão dos valores que ali via representados. 

Resolveu então descrever toda a sua incompreensão, toda sua incredulidade com o que vem corroendo nosso tecido social e os meios de comunicação que o permeiam. Suas palavras ecoam com a força da verdade desnudada e precisam ser lidas, relidas e provocar longa reflexão em cada um de nós.


"Uma foto e vários sentimentos"

"De todas as transformações que nosso país enfrenta, não tenho dúvida de que a pior delas é  inversão de valores. Não estou falando dos atores, mas da platéia.

Quem determina o sucesso de um espetáculo é o público. Por melhor que sejam os atores e o enredo, se o público não aplaudir a turnê acaba.

Nós somos a sociedade, nós somos a platéia, nós dizemos qual espetáculo deve acabar e qual precisa continuar. Se nós estamos aplaudindo coisas erradas, se damos ibope a pessoas erradas, de que estamos reclamando afinal?

Somos nós que continuamos consumindo notícias de bandidos presos e condenados.

Somos nós que consumimos notícias de arruaceiros que ganham mesada para depredar o nosso patrimônio.

Somos nós que damos trela para beijaços, toplessaços, marcha de vadiaças, dos maconheiraços, dos super-heróis que batem ponto em "manifestações" (e que gostam de cozinhar-se dentro  de uma fantasia num sol de 45 graus) e todos os tipos de histéricos performáticos que querem seus 15 minutos de fama.

Quando fazemos isso, estamos dando-lhes valores que não têm. Estamos dando-lhes atenção. Estamos dedicando-lhes nosso precioso tempo.

Passou da hora de dar um basta nisso!

Porque os nossos jornais estão recheados de funkeiros ao invés de medalhastes olímpicos do conhecimento?

Porque vende-se mais jornal com notícia de um funkeiro que largou a escola por já estar milionário, do que de um aluno brilhante que supera até seus professores?

Porque sabemos os nomes dos BBBs e não sabemos os nomes dos nossos cientistas que palestraram no TED?

Porque muitos não sabem nem o que é o TED? Ou Campus Party?

Porque um evento histórico para o Brasil como o ingresso da primeira turma feminina da Escola Naval não é noticiado?

Porque um monte de alienadas com peitos de fora merecem mais as manchetes do que as brilhantes alunas que conquistaram as primeiras 12 vagas da mais antiga instituição de ensino superior do Brasil?

Porque continuamos aplaudindo a barbárie, se ainda temos valores?

O país não mudará se nós não mudarmos o foco!

Os políticos não mudarão se nós não refletirmos a sociedade que queremos!

Já passou da hora de nos posicionarmos!

Ostracismo a quem não merece a nossa atenção e aplausos para quem faz por merecer.

Merecer! Precisamos devolver essa palavra para o nosso dicionário cotidiano.

Meu coração ao olhar essa foto, hoje, se divide em vários sentimentos distintos.

Muito orgulho de ser mulher e me ver representada por essas guerreiras.

Elas não estão fazendo arruaça pleiteando igualdade. Elas conquistaram a igualdade estudando e ralando muito.

Elas tiveram que carregar na mão as suas malas pesadas no dia em que entraram na Escola Naval. Não puderam puxar na rodilha, não! Tiveram que carregar na mão, igual aos aspirantes masculinos.

Elas foram e fizeram.

Ao contrário das feministas de toddynho, não estarão nas manchetes dos jornais de hoje e isto me evoca outros sentimentos.

Sentimentos de revolta, de vergonha e de constrangimento frente a essas mulheres que não serão chamadas de heroínas por apresentadores de televisão, mas estão dispostas a morrer como heroínas por nosso país.


Parabéns, Primeira Turma Feminina da Escola Naval de 2014.

Vocês são a dúzia que vale mais que milhares!"


Aspirante Carla Andrade




terça-feira, 19 de maio de 2015

UM PAÍS DE JOELHOS ou A MAIORIA É IRRELEVANTE



Desde a publicação da Anistia, ampla geral e irrestrita, que permitiu o retôrno ao país daqueles terroristas auto-exilados que hoje dominam o poder, o Brasil assiste a uma lenta, gradual e permanente aplicação do decálogo de Antônio Gramsci para a implantação do regime comunista/socialista.

Há inúmeras evidências da veracidade da afirmativa acima, ainda que o método de sua aplicação tenha sido incrementado com os requintes de um gigantesco e majestoso esquema de financiamento a longo prazo dessas ações de manipulação ideológica da população.

As constantes alterações nas grades curriculares do ensino de base, os muitos "novos" critérios que se sucederam nas orientações publicadas pelos gestores do sistema de ensino, a modificação sistemática e criminosa de conteúdo nos livros de geografia e história que vêm sendo impostos até mesmo aos Colégios Militares e outras tantas evidências da corrupção ideológica da educação só reafirmam o uso daquele decálogo como método.

Não bastasse essa corrosão na educação, há ainda a plena cooptação da quase totalidade dos meios de comunicação através das faraônicas verbas publicitárias oficiais; nunca se viu um país, de regime teoricamente democrático, utilizar tanta propaganda quanto se vê acontecer no Brasil, onde quase 70% das receitas de publicidade da esmagadora maioria dos veículos de comunicação - rádio, TV, jornal, revista - em todo o país advém de contratos do governo! Falta muito pouco para vermos imagens gigantescas do apedeuta mitificado ou de seu poste fraudulento espalhadas pelas cidades..., na verdade é só o que falta, porque de resto há um profundo choque entre o mundo real e o conto do sonho colorido descrito nas peças da propaganda petista/governamental.

Diante de tudo isso, o ensurdecedor silêncio institucional. Um Judiciário de togas vermelhas - volto a afirmar - que se soma a um Executivo totalitário, corrupto e tão inepto quanto inapto para seu papel constitucional e um Legislativo que mais parece um bordel, tamanha a semelhança de suas atividades rotineiras com a prostituição, formam um cenário desolador de indigência política, leniência administrativa e amoralidade cultural que contamina a sociedade e destrói sua estrutura de valores, família e costumes.

Isso é Gramsci em estado puro e ninguém se mexe...

A corrosão aumenta em escala geométrica, espalha-se de forma viral, freqüenta todos os núcleos de poder, de ensino e de comunicação em uma gigantesca lavagem cerebral de um país majoritariamente iletrado e amorfo, sem que haja reação ou indignação consistentes.

O país só é proativo, unido, uníssono, nas trivialidades, nas catarses etílicas de Momo ou nas hipnóticas daquele nobre esporte bretão em que já fomos referência de qualidade e que hoje somos pilhéria.

Invertem-se os valores, as referências morais, os exemplos de conduta: a execução legítima de um traficante de drogas por um país soberano gera uma inacreditável decretação de "luto oficial" por três dias, mas o brutal assassinato de um cidadão, ao perder-se no trãnsito e trafegar na rua de uma "comunidade" da segunda maior cidade da república, pelos traficantes que dominam a área e desafiam a polícia (que polícia?) não gera qualquer reação das pseudo-autoridades! Pior, a imprensa noticia em pequeno rodapé de jornal e nem sequer repercute o fato, simplesmente vira a página e faz saber que pretendem eternizar aquele traficante fuzilado com um busto na zona sul do Rio de Janeiro.

O que faltará depois disso? Já houve um filme em que se buscou mitificar aquela "metarmofose ambulante", o mentiroso compulsivo alérgico a trabalho. Já se atropelou o vernáculo e a gramática portuguesa para satisfazer um capricho ignorante de uma terrorista igualmente mentirosa e arrogante. 

Abrem-se as fronteiras aos terroristas do mundo islâmico sem que lhes seja exigido qualquer visto, a imprensa cala e o parlamento silencia. Entram no país os soldados da Farc e seus comandantes vêm ministrar cursos de guerrilha aos "soldados" do MST sob o beneplácito do governo e por êle financiado. Também silêncio. 

Condecora-se o chefe desses trainees de terroristas com a maior comenda da República e assim transformam-na em nada, em lixo histórico, sem qualquer reação significativa da sociedade formal brasileira;  nem mesmo as Forças Armadas se manifestam ou fazem cumprir as letras da Constituição exigindo o cancelamento da honraria ilegítima, da mesma forma que até hoje não exigiram a devolução da medalha àqueles agraciados que tiveram a condenação transitada em julgado no mensalão.

Vê-se um ministro de estado (as minúsculas são propositais, não somos hoje um Estado maiúsculo) manter conversas privadas em gabinete com advogados de acusados da Operação Lava-Jato e não há reações, não há críticas.

Outro ministro, igualmente minúsculo até em seu currículo, depois de eximir-se da obrigação ética e moral de declarar-se impedido no julgamento do mensalão, escandalosamente transfere-se para compor o quorum que anularia as prisões daqueles empreiteiros que, assinando o acôrdo de delação premiada, encontravam-se às vésperas de revelar as estruturas do esquema e os nomes dos comandantes que todos sabem quem são, mas falta dizer clara e abertamente junto às provas fartas que lhes apontam o dedo. Será que agora em prisão domiciliar e  recebendo visitas sem testemunhas permanecerá a mesma disposição de falar?

Assiste-se a indicação de mais um ministro para o STF cujo histórico de engajamento político e ideológico arrepia até os mais condescendentes juristas e, percebe-se, mais uma vez a classe (ou seria claque?) política revela sua coluna vertebral macia e demonstra sua disposição de dobrar-se às vontades do palácio, embora ensaiando certa resistência no propósito explícito de crescer a tabela de prêços...

A parcela lúcida da sociedade bate panelas - até aí somos fracos e imitamos outra cultura.. - e sai às ruas para protestar, mas deixa-se esvaziar, perde-se na falta unidade na voz da crítica, carece de liderança reconhecida e vê seu gigantismo apequenar-se pela timidez da oposição no fórum político. Tic-Tac, Tic-Tac o tempo passa e a pizza exala seu orégano... enquanto a indignação fica pelos bares, nas praias, nas filas de banco e la nave va.

Até quando seguiremos assim? Somos mesmo a Banânia?

Será possível que mais de noventa milhões que negaram seu voto à quadrilha aboletada no planalto sejam isso, sejam apenas a maioria irrelevante?

Será que repetiremos a história e, tal como no período nazista ou na atual hipocrisia do cenário de anti-semitismo descarado que condena a única democracia do Oriente Médio e assiste inerte ao terrorismo e aos crimes do Islam, apenas porque (diz-se) a maioria islâmica é pacífica e (sabe-se) a maioria do povo alemão também o era? Em ambos os casos a história mostrou que a maioria foi irrelevante...

Aqui também? Será que o brasileiro é isso, irrelevante? Acomodado, iletrado, alienado, amoral e absolutamente irrelevante? 

domingo, 15 de março de 2015

QUANDO AS TOGAS FICAM VERMELHAS

O Brasil de hoje está em temperatura de ebulição. Não, não estamos falando de clima, apesar de tórrido, mas de um outro clima, este ainda mais causticante: o das ruas, das redes sociais, dos meios de comunicação que ainda resistem fora da folha de pagamento do status quo brasiliensis. Falamos do sócio-político-econômico, o que nos afeta diretamente no bolso, nas oportunidades de trabalho, nas liberdades individuais, na educação, na segurança, na saúde, no transporte, na qualidade de vida, nos valores morais e, sobretudo, nesse sentimento difuso que é o de ser brasileiro e sentir-se bem com esta condição de cidadania.

Após o país ter assistido, impotente, ao mais descarado, mais eivado de ilegalidades e mais infame dos processos eleitorais da história, eis que do inesgotável estoque de mentiras que compõe o DNA petista e contamina seus aliados, surgem as verdades que destoam das cores falsas com que o marketing político dessa corja aboletada no poder pinta seu país imaginário, esse paraíso terrestre tão invisível quanto inexistente. Assim, tudo aquilo que fora atribuído à perversidade da oposição torna-se imperiosa necessidade e justifica-se, não com um mea culpa, que isso inexiste na cartilha vermelha, mas com outra mentira: o recrudescimento de uma delirante crise internacional que afeta exclusivamente nosso país... 

Contra fatos não há argumentos. Fatos e dados são o que, em síntese, podem produzir os retratos fiéis da realidade. Fora disso resta a retórica anacrônica da esquerda caviar cubano-bolivariana que segue capitaneando o mais escandaloso esbulho de cofres da história das repúblicas; resta a audácia de zombar da capacidade alheia de compreender as reais motivações das ações de quem jamais desejou nada diferente daquilo que os levou às prisões ou à fuga do país; resta a raiva do período militar que hoje tentam rotular de ditadura e que agora, instalados nos quatro cantos do poder graças à uma anistia ampla, geral e irrestrita, querem  anular as verdades unilateralmente para reescrever a história com mentiras; resta o medo de ver a exposição de sua nudez, sob o risco iminente de nova prisão, com o acúmulo de provas irrefutáveis de sua eterna vocação para o crime.

Os fatos remetem ao aparelhamento do Estado, remetem à montagem de um detalhado processo de corrupção com vistas à perpetuação no poder e ao enriquecimento da cumpanherada. 
Os fatos dão conta de uma rede capilar extensa abrangendo os três poderes, grandes empreiteiras e a quase totalidade da grande mídia. Os fatos, apenas pelo que já aflorou, por si só já justificariam a cassação do diploma presidencial, de acordo com a Lei 9.504 de 30 de Setembro de 1997 que dispõe sobre eleições e diz no Parágrafo II do Artigo 30-A:  "Comprovados captação ou gastos ilícitos de recursos para fins eleitorais, será negado diploma ao candidato, ou cassado se já tiver sido outorgado". Precisa desenhar ou já deu para entender?   
Os fatos apontam para existência de uma excrescência manipulando as ações de uma penca de partidos, todos alinhados com a foice e o martelo que tanto seduz a quadrilha de lesa-pátrias que nos vêm tungando há treze anos, mas a mídia, majoritariamente a soldo, ignora a existência do Fôro de São Paulo e nada publica a respeito. 
A Constituição em vigor, no Capítulo V, Dos Partidos Políticos, Artigo 17, Ítem II cita explicitamente a "Proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros, ou de subordinação a estes".  Ainda, no Parágrafo 4:  "É vedada a utilização, pelos partidos políticos, de organização paramilitar".  
Fôssemos um país institucionalmente sério e não só o PT, mas todos aqueles partidos signatários do Fôro já estariam extintos pela justiça; ocorre entretanto que nossas togas são vermelhas, há o pleno aparelhamento do judiciário e, ali, o viés ideológico sobrepõe-se às letras da lei. Em nome do partido que para a quadrilha que o comanda é o próprio Estado a seu serviço, tudo se faz permitido; no desvio da função, no rol da corrupção moral e institucional como forma de permanência no poder, os meios se justificam pouco importa que os fins sejam mera propaganda sem qualquer vínculo com a verdade. 
Fôssemos, de fato, um país relevante e coerente com sua dimensão, há muito já teríamos desnudado o pseudo mito que comanda a quadrilha e enquadrado seu poste e tantos outros terroristas, mas a farsa atingiu tal dimensão que a blindagem é enorme e será preciso muito verde, muito azul e muito branco para que as togas retornem à ausência de cor...  

domingo, 8 de fevereiro de 2015

NUNCA ANTES NA HISTÓRIA DESTE PAÍS...

Embora poucas semanas tenham passado desde o final de um ano que a rigor nem aconteceu e estejamos todos à beira de um ataque de nervos ao receber a segunda dose do mesmo veneno que nos vem asfixiando há doze anos com o mesmo princípio ativo - só que agora na versão genérica - a atmosfera já se mostra mais pútrida, fétida e contaminada do que nunca.

Antes mesmo que a fraquíssima memória nacional pudesse apagar os vestígios da mais infame campanha eleitoral de nossa história, a quase totalidade do discurso difamatório e ameaçador das intenções atribuídas à oposição surge sem pudores nos atos do governo e dá o tom exato das mentiras contumazes que compõem o DNA petista. 

Pouco importa a justeza ou necessidade de uma ou outra medida quando a questão é ética, é moral, é fundamentalmente de carácter, artigos extintos no almoxarifado oficial. Um olhar, ainda que sutil e sem preconceitos, nas nomeações publicadas causa ânsias de vômito; nem o mais esforçado dos idiotas seria capaz de cometer tantas sandices, de fazer piores escolhas ou de pintar com tintas mais sombrias as trevas que emergem dos currículos dos ungidos. As duas ou - vá lá - três exceções do pacote deverão sumir no mar de incompetência, improbidade e fisiologismo que as cercam. Há pouco ou nenhum espaço para mérito ou lucidez naquele séquito de Ali Baba...

Os quase oitenta milhões de eleitores que negaram a continuidade à quadrilha vermelha, devem sentir um certo alívio hoje; apesar das evidências de fraude do viciado processo eleitoral e da suspeitíssima conduta de seu condutor - aquele togado titulado por notória caneta em lugar de notório saber - sacramentarem a vitória da calúnia sobre a virtude, saber que não há como Pirro negar sua própria herança é delicioso.

Infelizmente a maior parte da população brasileira não consegue perceber as diferenças ideológicas que monopolizaram a disputa e não possui capacidades elementares para discernir o que seja o corolário comunista que se quer impor ao país com essa organização criminosa disfarçada de partido que ocupa o Palácio do Planalto. Falta informação livre e disseminada para a sociedade brasileira como um todo entender que ser de direita, ser um liberal, é ser a favor da economia de mercado, de liberdades civis, da democracia constitucional e do respeito ao direito à propriedade; são poucos os que têm consciência de que o pensamento conservador defende os mesmos princípios, a mesmíssima política, mas apenas o faz em nome de uma tradição judaico-cristã que pouco ou nada significa para os liberais de modo geral.

Assim, terminado o efeito da anestesia ministrada pela máquina da propaganda governamental nas semanas de vale-tudo - aquele período em que "êles não sabem do que somos capazes", quando "a gente faz o diabo para ganhar as eleições" - e chegada a hora de retornar às rotinas da realidade, a choldra se dá conta de que o garrote apertou e o lado mais áspero está no seu pescoço..., mas nem pode mugir muito porque já viu que a vaca está com tosse...

Claro que a conta será paga, majoritariamente, pela verdadeira classe média, aquela que trabalha cinco meses por ano para o governo e seus impostos sem retorno, sem chance alguma de mudar o cenário de caos. Claro, também, que esta será ainda mais amarga para aqueles que se acreditaram em nova classe social pela criativa e irresponsável ótica das estatísticas oficiais. Ah! A propaganda! Maravilhoso seria viver naquele mundo colorido em que tudo é perfeito, funciona e nos ampara... Pena que, após desligada a maquininha de sonhos e ilusões que a nossa televisão representa, a vida seja tão outra! Este é o preço da ignorância, o tributo da alienação que corrói um povo que vota com o umbigo.

Mais de década da pelegada no poder e o país está praticamente falido, parado no tempo, refém de seus próprios problemas e plantando novos com suas tresloucadas políticas recheadas de uma ideologia podre, caduca e comprovadamente ineficaz. Sem contar o que já veio à tona em forma de denúncias e escândalos, estamos diante da falência múltipla das instituições, da infra-estrutura, da economia, dos valores morais, da educação e da família. Só mesmo nossa dimensão continental evita o rótulo de mera republiqueta latino-americana, ainda que os últimos atos de nossa diplomacia envergonhe até as mais tradicionais destas. Não fôssemos mais de duzentos milhões e já teríamos perdido em definitivo nossa pálida soberania, mas o respeito internacional, ah!, esse já se foi há tempos...

Resta saber se poderemos dizer, em algum momento no futuro, que queremos mudar nosso destino e passar de "nunca antes na história deste país..." para um decidido NUNCA MAIS NESTE PAÍS e mostrar ao mundo quem somos de fato.