quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A INDIGNAÇÃO ESCANCARADA NO VOTO

Diariamente as ruas trazem aos meus ouvidos uma crescente indignação com o estado de coisas que cerca a vida em Maricá. É praticamente impossível caminhar pela cidade e não escutar cidadãos comentando e criticando os escândalos patrocinados pelo atual Poder Executivo e seus correligionários. Na fila do banco, na farmácia, no mercado, na loteria, na praça, na condução, seja onde for, lá está manifestada espontaneamente a revolta com os desmandos do Marreco.
 
Há um universo paralelo, uma imensa ficção que a propaganda  oficial do governo tenta fazer verdadeira, em que todos vivemos no primeiro mundo e nada há do que reclamar.., mas quando pisamos nas calçadas da vida real, aquela que nos espera rotineiramente, o que vemos, sentimos e sofremos é devastadoramente diferente daquela quaqualândia irreal, daquele devaneio doentio que, fiel à cartilha petista, é repetido ao infinito.
 
Isso em um município territorialmente imenso e sem meios de comunicação de massa regulares, posto que Maricá não possui estações de rádio com pleno alcance,, televisão local ou mesmo jornais diários, faz com que as mentiras levadas aos quatro cantos com uso descarado dos recursos públicos possa iludir a muitos desassistidos nos grotões mais pobres da cidade.
 
Assim, movidos pela necessidade ou traídos pela própria ganância, fruto de um enorme desconhecimento de sua força social, o povo se deixa comprar e vota com o umbigo, vota à imagem e semelhança daquele político que o corrompe: pensa em si e na vantagem que ali se oferece a êle, esquecido de que amanhã lhe caberá igual destino na contabilidade perversa do lôgro que o seduziu.
 
É preciso atentar, no entanto, que nem só de alienados compõe-se a sociedade. Há uma grande parcela que, além de perceber, indignar-se, protestar e buscar organizar-se para mudar o que não lhe satisfaz, também tem a consciência do seu poder de cidadão.
 
Para esses que têm acesso às informações, que se mantém atualizados, seja pela leitura ou pela interação com a rede mundial, para esses conectados com a realidade e que não se deixam levar pelo canto da sereia, há uma forma simples e direta de manifestar seu desagrado.
 
Para esses eu dirijo minhas palavras e lembro que desde a assunção de Claudio Ramos na Câmara de Vereadores, Maricá pôde conhecer um político que manteve seu discurso, suas atitudes e seus propósitos inalterados depois que se fez Vereador.
 
Pela primeira vez um candidato se afirmou sério, se apresentou incorruptível e defensor das premissas que o cargo postulado lhe impunha e assim se manteve depois de eleito. Dentro da Câmara, empossado de forma inédita e através de uma surpreendentemente célere decisão do TRE, Claudio Ramos ratificou seu corolário moral e deu início a uma incansável jornada de combate aos abusos do Executivo e à passividade daquela Casa de Leis. Denunciou manobras escusas, viu-se voto vencido na estéril luta contra a bancada governista cooptada pela linguagem sedutora do poder e do metal, mas declarou-se insatisfeito e deu sequência à sua revolta indo até a Promotoria Pública solicitando diligências para melhor apuração daqueles fatos arquivados.
 
É possível marcar as eleições que se aproximam com uma mensagem inequívoca de repulsa, fazendo de Claudio Ramos um símbolo, um grito libertador da sociedade diante da podridão deste cenário político que denigre Maricá.
 
Manter Claudio Ramos dentro da Câmara para prosseguir em sua cruzada pela moralidade, mantê-lo porta voz de nossa insatisfação com a maior votação individual da história da cidade é a melhor resposta do cidadão e a grande sinalização do que desejamos ver prosperar em nosso município.

 

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